Seria a vida um looping?
Ontem fui novamente para Osasco. Pelo visto esta pequena viagem terá certa regularidade. Abrimos um escritório lá, por proximidade com um cliente.
Na semana passada, quando fui para lá, errei alguns caminhos. Talvez pela emoção da volta. Ontem, foi diferente. Olhando friamente para a cidade, se é que é possível, não bateu mais ele quê de saudade no peito. Mas mesmo assim, não posso negar – mexe comigo.
Acho que a gente tem muito disso na vida. Depois de um longo tempo, voltei a trabalhar
Sou meio solitária. Gosto desta solidão imposta pela multidão. Esta solidão de se ter milhares de pessoas à distância de um braço, e, no entanto você ser único. Às vezes você vai na mesma direção, para na mesma esquina, espera os mesmos minutos, ouve as conversas do lado, mas mantém este distanciamento, este anonimato tão próprio de São Paulo. Gosto disso! Outras vezes, pára do lado, sorri, diz um oi e continua. Milhares de pensamentos abrindo caminhos distintos neste universo, e, no entanto sem se tocar.
Gosto de me misturar em meio a esta multidão. Gosto do anonimato. Deste quê de mistério que a vida nos impõe no desconhecido. Percebo que todo o tempo fora deste universo me fez falta. Só agora percebo isto. Mais uma descoberta quando você pensa que o tempo de descobertas passou há muito tempo.
Bom, no pós almoço, meio com sono, meio desperta, nesta tarde nebulosa, cinzenta e fria, deixe-me retornar ao trabalho, porque afinal de contas, o trabalho dignifica o homem e envelhece a mulher!!