A crueldade impera em muitos lugares, setores, pessoas. Ah sim, em pessoas. O ser humano é desumano. Você dificilmente verá um animal matar um de sua própria espécie, e quando o faz, o faz por território, par, comida. O ser humano o faz por crueldade.
E por crueldade faz as mais diversas maldades. Maldades financeiras, profissionais, pessoais, desamor. A maldade feita por desamor aniquila, diminui, faz sofrer.
Ah, por que estou falando sobre crueldade, etc, etc? Porque este meu recanto traz um pouco de tudo - faz quinze anos que escrevo aqui, então passei por diversas fases. Aquelas de ser besta ao extremo, de ser vingativa, de fazer pequenas maldades e de sofrer. Pois é! De sofrer. Mas isso já ficou tão lá atrás, e estou próxima á completar 60 anos, e pratico há aos o desapego, então tudo que não foi bom ficou enterrado no passado.
De vez em quanto, puxo um pouquinho de terra só pra dar boas risadas, porque afinal, maldades passadas, quando não deixam cicatrizes, servem para boas risadas.
Ela continua. Infindável!
Fico pensando em pessoas que a muito não fazem mais parte da minha vida. Pra ser bem sincera, nem quero mesmo! E aqui pinta uma bruta vontade de rir.
Como podemos ser tão bobos quando somos mais jovens.
Como mesmo percebendo uma mentira, deixamos passar em prol do dito amor?
Ainda bem que essas tolices ficaram a muito para trás.
Mãe de Deus!
Faz um ano que não venho aqui, Outros interesses, outras tarefas.
E agora, em meio à quarentena, tenho uma nova tarefa, e estou ansiosa!
Ansiosa para voltar a escrever.
Gosto disso. Há muito não tinha essa sensação de conteúdo. Hoje tenho novamente, então recomeço pelo meu diário.
São 1h22 do dia 22/05/2020, está passando Mad Max: Além da Cúpula do Trovão, filme de 1985 - 35 anos... Mas o foco não é o filme - foi só um desvio. O foco é escrever!
E eu voltei!
Hoje falei com uma pessoa que não vejo há cinco anos. Cinco anos! Muito tempo. Mas falar com esta pessoa, ouvir sua voz, foi perceber que o tempo não passou, pelo menos no que diz respeito a sentimentos, emoções. Fiquei o resto do dia a sorrir. Sorrir com os olhos. Sorrir com a alma.
Sem mais nem menos cinco anos eram nada. Peguei-me sorrindo às gargalhadas ao telefone. De novo ouvi minha voz. Sim, porque quando falamos o comum, não ouvimos nossa própria voz. Tudo é automático. Desta vez não. Ouvi minha voz, alegre, feliz. Eu me ouvi!!! Então percebi que há cinco anos não sorria, não sorria de verdade, com o coração, com a alma.
Este telefonema me fez um bem enorme.
Página 1 de 6 | 1 2 3 4 5 6 | próxima» |