24/05/2007 00h28
Amor de mentira
Um dia pensei que amava. Sofri, chorei. Muitas coisas perdi.
Então, descobri, meio tarde, meio cedo, que nunca tinha amado.
Descobri que o que pensara ser amor, não passava de pequenos fragmentos, de restos deixados por alguém egoísta, centrado em si mesmo. Percebi que amara somente por mim mesma, e que também, não tinha sido um amor tão grande.
Passou-se muito tempo, muita coisa aconteceu, e aos poucos fui descobrindo que amar é partilhar, desviar sua atenção de coisas mundanas e centrar naquele amor. Fazer da tua vida um motivo pra ser feliz, e não o motivo pra se perder.
Muito na vida perdi por enganos, terríveis enganos cometidos. Perdi-me por pouco. Tive pouco e me contentei com pouco. Tive nada e me contentei com nada. Tive restos e me contentei com restos. Mas nesta metamorfose aprendi a exigir da vida o meu legado. O que realmente eu mereço. E eu mereço ser feliz, e estou construindo, não sozinha, na companhia do homem amado, a minha própria felicidade.
“Nem sempre Narciso acha feio o que não é espelho!” Aprendi muito com isso. Aprendi muito olhando as flores na beira do rio. Olhando as águas que correm para o mar. Ah, mar! Sempre amar! Esta é minha lei. Vou amar sempre, sempre e sempre. Vou me doar à pessoa amada sempre. Vou partilhar sempre, e vou sempre tirar o melhor do amor. Não quero mais migalhas, egoísmo e pouco amor. Quero tudo, e tenho tudo e mais um pouco.
Amor de verdade. É assim que a vida deve ser.
Publicado por Fátima Batista em 24/05/2007 às 00h28