A Corrida
Não sei por quê, senti uma enorme vontade de reeditar esta minha singela poesia de 21/05/2006. Acho que li alguma coisa em algum lugar que me fez lembrá-la...
Rolemã
Desceu a ladeira
Desembalado
Na curva fechada
Bateu no chão a biqueira
Da bota desbotada
Pra fazer fricção
E não cair de boca no chão
Passava fazendo vento
Saias e cartazes levantando
Vendo tudo que não podia ver
Se estivesse caminhando
Esta era a parte mais divertida
Descobrindo o que queria fazer
Pensando no que queria ser
Ia a vida levando...
Um belo dia errou o passo
Bateu num poste a biqueira
Caiu de testa no chão
Virou uma cambalhota
Quebrou os dedos da mão
Perdeu o salto da bota
Ficou lá sem fôlego
A dor toldando-lhe a visão
Chega rápido a ambulância
Leva pra o hospital
Quem atende?
O médico da Fórmula Indi!
Coitado, saiu correndo pela lateral
Ninguém nunca mais soube dele
Nem do seu medo visceral!
Fátima Batista
Enviado por Fátima Batista em 05/06/2009
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