A briga
Secava os cabelos quando ouviu passos vindos do banheiro.
- Quer apanhar?
Foi a pergunta seca.
- Como?!
- Quero saber se já está pronta para apanhar.
Não soube o que responder. Levantou a mão cobrindo o nariz, e assim ficou, protegendo o rosto, esperando pelos bofetões que não vieram. Assustada demais com o aspecto sombrio que via, caiu em choro convulsivo.
De repente sentiu braços protetores e beijos. Beijos nos longos cabelos molhados, no rosto. Carinhos. Milhares de carinhos e palavras de afeto.
Acabou-se assim a briga.
Mas não dormiu naquela noite – receava um nariz quebrado.
Fátima Batista
Enviado por Fátima Batista em 04/08/2006
Alterado em 01/12/2007
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