Viajar já é poético. Encontrar em seus caminhos cidades onde se respira um ar poético, faz a vida melhor, porque o que ouvimos é sempre uma opinião.  No entanto temos uma perspectiva sobre aquilo que vemos.

Passei por Olinda há quase 40 anos, em minha primeira viagem. Primeira em tudo. Avião, sozinha, encontro com amigos, pagando tudo por conta. Era a diferença entre a minha perspectiva e tudo aquilo que ouvira sobre viagens. No promontório de Olinda, olhando o mar, a vegetação e a cidade histórica, ouvi o seguinte de um menino, guia turístico da região: “um mito popular diz que o nome Olinda teve origem nas palavras de Duarte Coelho, que teria dito em sua primeira visita ao promontório: ‘Oh, linda situação para se construir uma vila!’ ” E assim nasceu Olinda, poesia e mar, e isso me trouxe um encanto para a vida.

Partindo sempre da premissa que ver é melhor que ouvir, fui ver o mar a partir de Aracati, que tem nome indígena, cujo significado “ar bom, tempo bom” já nos deixa com vontade de ficar por lá. Patrimônio histórico, conhecida no mundo todo, eternizada no filme Bela Donna, Aracati tem muito a contar, desde a formação indígena, a invasão holandesa e posteriormente a retomada pelos portugueses, suas terras e a linda praia de Canoa quebrada fazem a diferença.

Cada um de nós tem um óptica própria sobre sentimentos, emoções, expectativas. Sendo assim, o que escrevo acima traduz a profundidade dos meus sentimentos ao conhecer estas cidades. Olinda e Aracati sempre terão um lugar especial em minhas lembranças.